Pelos caminhos que vamos traçando fiz amigos verdadeiros em extremos, de uma simplicidade de sala de chão batido de terra ou de um brilho de porcelanato que ofusca a visão.
Nesse convívio mudei alguns conceitos que ouvi durante a vida. Um deles: "o dinheiro não trás felicidade".
Bobagem. O que trás, ou não, a felicidade é o grau de bondade que há no coração da pessoa e isto está longe de estar ligado à posição social ou a oportunidades.
E vou mais além: nem está ligado à educação que as pessoas exaltam, que é a escola de qualidade. Já vimos adolescentes ricos, que viajaram o mundo, falavam várias línguas e colocaram fogo em um índio porque pensavam se tratar de um mendingo(!).
A educação de casa sim, ajuda a moldar um coração bom.
Tampouco, como outro ditado prega: "o dinheiro deturpa o ser humano". Pessoas boas nascem no mesmo tanto entre ricos e pobres. Aquele corrupto que desviou milhões ou o empresário tirano e desonesto são o espelho exato daquele garoto que nasceu na favela e em vez de procurar um trabalho prefere as facilidades de tráfico. Alguém dúvida que, nascessem em papéis trocados, desempenhariam seus papéis da mesma forma?
Uma pessoa infeliz nunca estará satisfeita com o tanto que tem, sempre colocará a alegria no próximo passo a dar, a cada dia.
A felicidade escolherá para amiga aquele que viaja para Paris ou aquele que em seu chinelo velho de dedo senta na calçada de terra para conversar com o vizinho e olhar as crianças brincando.
Para isso, basta ter um bom coração. Simples assim.